Coordenador de Defesa Vegetal do Ministério da Agricultura em Mato Grosso acredita que o número pode ser maior e comenta a soja segunda safra no Estado
Desde o começo da safra 2014/2015, 101 casos de ferrugem asiática na soja foram registrado nos principais Estados produtores. Os dados são do Consórcio Antiferrugem. O coordenador de Defesa Vegetal do Ministério da Agricultura em Mato Grosso, Wanderlei Dias Guerra, dá um panorama sobre a doença nesta safra.
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Guerra acredita que os focos da doença podem ser maiores do que os já divulgados pela entidade de controle da ferrugem. Segundo ele, a presença do fungo foi registrada em regiões de Mato Grosso e isso não foi alertado.
– Certamente existe (mais de 101 focos). Ainda hoje, conversando com produtores de Campo Verde e Primavera do Leste, eu soube de casos em lavouras que estão sendo colhidas e que já foram controladas. Peço que os técnicos notifiquem o Consórcio, para que os outros produtores saibam onde pode haver pressão da ferrugem – sugere.
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O coordenador do Mapa afirma que os casos de ferrugem em Mato Grosso estão menores por causa do tempo seco na entressafra e do bom controle feito pelos produtores locais. No entanto, ele ressaltou também que houve presença de ferrugem na soja guaxa durante o vazio sanitário.
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– Por conta do período seco, isso dificultou a proliferação da ferrugem asiática. E também com os produtores fazendo o controle necessário, com os produtos efetivos. Mas é muito preocupante pela baixa quantidade de moléculas disponíveis no mercado – pontua Wanderlei Dias Guerra.
Soja segunda safra
Motivo de muita discussão na cadeia produtiva local, a produção da segunda safra de soja em Mato Grosso e o novo período de vazio sanitário no Estado ainda gera debate. O coordenador de Defesa Vegetal critica a redução do período.
Segundo resolução de outubro de 2014, o período foi de 90 para 137 dias, começando em 1º maio até 15 de setembro. Agora, a segundo a Instrução Normativa 11/2014 (Diário Oficial do Estado, dia 30 de dezembro de 2014, página 82), o período sem plantas vivas nas lavouras começa no dia 1º de junho até dia 30 de setembro, totalizando 120 dias.
– Nós, há muito tempo, discutimos isso para regulamentar (segunda safra), inclusive pedimos o aumento do vazio sanitário justamente para evitar a segunda safra, que é muito prejudicial. Não queremos tirar o direito do produtor produzir sua semente, mas ele pode fazer isso durante a safra. Nos baseamos em pesquisas que mostram essa necessidade. Aumento de aplicações na safrinha dificulta muito a sobrevida dos fungicidas – explica.
Clique aqui e veja a entrevista de Wanderlei Dias Guerra ao Rural Notícias.
