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No sertão de Sergipe: o Censo nas comunidades de pescadores

Diversos

No sertão de Sergipe: o Censo nas comunidades de pescadores artesanais do Velho Chico

Realizado no dia 18 de agosto, o objetivo da visita foi acompanhar a etapa de supervisão da coleta do Censo 2022

A equipe do Censo da unidade estadual do IBGE em Sergipe visitou, em 18 de agosto, a comunidade Lagoa Primeira, no município de Gararu (SE). O objetivo da visita foi acompanhar a etapa de supervisão da coleta do Censo 2022. Quem recebeu o IBGE na comunidade foi o presidente da Colônia de Pescadores e Aquicultores da 18ª zona de atuação, José Guido dos Santos. A colônia atende ao todo 1.800 pessoas, em Gararu e outros municípios sergipanos cortados pelo São Francisco, como Porto da Folha e Nossa Senhora de Lourdes.

Gararu fica a 155 quilômetros da capital, Aracaju, no sertão sergipano. Com população estimada em 11.599 pessoas, o município, às margens do rio São Francisco, é integrado por 42 comunidades, dentre elas, a de Lagoa Primeira, onde moram cerca de 200 pessoas. O nome do município se dá por conta do cacique Gararu, que viveu na região na desembocadura do rio, tendo seu povo sido catequizado pelos jesuítas. Em tupi-guarani, Gararu significa “caranguejo preto”.

A colônia, que tem 15 anos, contribuiu para que os pescadores do local garantissem direitos sociais no momento de se aposentar, além de proporcionar outras melhorias, como a obtenção de empréstimos e melhores condições de trabalho. Em Lagoa Primeira todas as famílias vivem da pesca, assim como de alguns trabalhos realizados na sede do município.

O Censo de povos e comunidades tradicionais

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Foto: Sedest/Paraná

Os pescadores artesanais são considerados Povos e Comunidades Tradicionais (PCT), classificação também integrada por ciganos, quilombolas, indígenas, além de outras comunidades. De acordo com o Decreto nº 6.040/2007, povos e comunidades tradicionais são “grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais.”

No Censo 2022, o IBGE faz uma investigação específica apenas em localidades quilombolas e indígenas, mas, na pesquisa existe a possibilidade de registrar localidades onde vivem PCTs, o que servirá para a identificação de povos e comunidades em pesquisas futuras. Para o registro dessas comunidades, o IBGE utiliza procedimentos específicos de endereçamento.

A coordenadora do Censo em áreas de Povos e Comunidades Tradicionais, Marta Antunes, ressalta a importância do mapeamento dessas localidades. “O Censo tem a potencialidade de levantar informações para além dos questionários que são aplicados e que geram as estatísticas. Por exemplo, orientamos nossos recenseadores a registrarem sempre que estiverem em uma comunidade tradicional. Para isso, temos um campo de tradicionalidade que está associado à localidade. Então, ao chegar em uma comunidade de pescadores, o recenseador pode fazer essa indicação. Isso é importante porque permite aproveitar a mão de obra do Censo para levantar informações adicionais que podem ser usadas para estudar a territorialidade dos povos e comunidades tradicionais”, explica Marta.

Nascido e criado no local, Gerivane Silva Oliveira, de 53 anos, é um dos pescadores que recebeu o Censo Demográfico. Durante a visita do IBGE em Lagoa Primeira, Gerivane relembrou que quando sua mãe faleceu, ele começou a pescar com os parentes. “Comecei a viver da pesca aos 13 anos, mas é bastante difícil. Porque às vezes você consegue pegar peixe e às vezes não, aí você volta sem nada”, aponta.

Com o passar dos anos, explicou Oliveira, houve redução do volume de água no rio e da diversidade de peixes no local. “Antes, tínhamos muito peixe e com diversidade de espécies. Porém, nos dias atuais, está muito complicado. Com isso, você vende menos e obtém menor quantidade de dinheiro”, lamenta. O pescador tem dois filhos, que também atuam na área da pesca e vivem na comunidade.

O pescador lembra que, juntamente com sua esposa, responderam à pesquisa em 2000, 2010 e 2022. “Aguardamos o Censo em 2020, mas entendemos que por conta da pandemia não pôde acontecer. Somos filhos daqui, nascemos e estamos enraizados aqui. Se daqui a 100 anos o Censo vier à nossa comunidade, nos encontrará e nós o receberemos”.

Mais relatos de quem vive na comunidade pesqueira em Sergipe

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José Ronaldo Viera Silva, de 45 anos, que também é nascido e crescido em Lagoa Primeira, no sertão de Sergipe. lembra que participou de outros censos e ensina que “as perguntas questionam sobre a quantidade de pessoas na casa, renda, rede de esgoto, que não há em nossa comunidade, o material de que é feito a casa, questões ligadas à deficiência e isso é importante para que a gente tenha esses dados de forma clara e que melhore a vida de cada um de nós”.

Desde o dia 1º de agosto, o IBGE tem promovido a operação censitária com o objetivo de visitar todos os domicílios do Brasil e levantar informações que contribuam para retratar o país e suas populações. A coleta de dados em Lagoa Primeira foi feita pelo recenseador Kaio Cerqueira Menezes, de 19 anos. Ele revelou que o trabalho na comunidade, que durou duas semanas, trouxe muito orgulho pelo fato dos seus avós terem sido pescadores e de ele ter parentes no local.

“Foi muito gratificante para mim a experiência de retornar à Lagoa Primeira, moradia dos meus avós paternos. Isso foi importante porque encontrei parentes e pude entender a forma de vida. No momento, o Censo é a principal pesquisa sobre vários aspectos da vida cotidiana. Em relação aos povos e comunidades tradicionais, já é um avanço retratar as comunidades indígenas e quilombolas. Traz uma visibilidade importante para essas comunidades e pode trazer para a minha também em um futuro próximo”, comenta.

A agente censitária municipal (ACM), Izadora Gonzaga observa que o Censo em Sergipe promove o reconhecimento e conscientização da situação do país.  “As pessoas podem ficar à vontade para responder, se identificar, entender sua tradicionalidade e participar da pesquisa”.

Em relação ao processo de supervisão na comunidade após o recenseamento, Gonzaga afirma que o procedimento ocorre em endereços selecionados pelo sistema de gerenciamento da coleta, à medida que os recenseadores vão trabalhando no setor censitário. “A partir de uma quantidade de endereços coletados, o sistema gera um pedido de supervisão para a confirmação ou eventualmente a correção dos trabalhos que foram realizados pelo recenseador. Alguns endereços são selecionados para a confirmação da lista de moradores e outros para a realização da entrevista novamente, com algumas perguntas do questionário sendo refeitas”.

Izadora acrescenta que o trabalho de supervisão feito pelo Censo 2022 é importante porque garante que “os recenseadores estão fazendo um trabalho que demonstra a compreensão dos conceitos metodológicos aplicados na coleta, inclusive, o conceito de morador e domicílio”.

Sobre esse processo de coleta e supervisão dos dados do Censo, envolvendo povos e comunidades tradicionais, Adriane Almeida do Sacramento, chefe da Unidade Estadual do IBGE em Sergipe, ressalta: “temos vários locais em Sergipe, além de áreas rurais e de difícil acesso.

O trabalho prévio de mapeamento dessas áreas foi fundamental para que pudéssemos nos programar, distribuir e acompanhar a coleta do Censo de forma segura e com qualidade. Além de garantirmos uma boa recepção por parte dessa população. Nossa equipe está bem preparada, equipada e qualificada para realizar os trabalhos em todo o Estado e obter informações importantes para essas comunidades.

Com informações da Embrapa.


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